A Oração de Jesus continua, do Calvário ao mundo inteiro.
Jesus, nosso Salvador, fez de sua vida uma constante ORAÇÃO. Era esta, uma das formas do Filho se relacionar com o Pai, a oração. Uma oração confiante, filial. Na oração, o Filho e o Pai dialogam, e o Pai revela sua vontade. “Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22, 42). Encontramos nesta perícope, um dos momentos fortes na vida de Jesus que nos remetem a outro, justamente aquele que a oração se refere: o Calvário.
Neste local sagrado, podemos destacar três momentos fortes da oração de Jesus. Oração que leva a derramar seu sangue, sua misericórdia.
“Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Em muitos lugares nosso Senhor orou ao Pai: no monte, no deserto, no templo, no Getsemani.... Nestes últimos momentos, encontra-se novamente num monte, e neste, na cruz. Talvez o destaque desta oração é o cenário: escárnio, gozação e zombaria. E é por esses mesmos que Ele ora. E à poucos metros dali o povo que olhava!
Em meio a dores, deveras, insuportáveis, pelas feridas físicas ou pelo abandono dos seus, não ora por si, mas a favor de todos, da humanidade. Pai, perdoa-lhes! Uma oração contínua, perdoa-lhes, que chega até nós. E foi diante de Maria, e também diante do Crucificado que o Papa Francisco rezou pelo fim da pandemia (Bênção Urbi et Orbi extraordinária, 27.03.20, Vaticano), convidando a abraçar o Senhor, abraçando assim a esperança.
“Eu lhe garanto, hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43b). Ainda hoje! Esta é a garantia do Senhor. É o Filho com o desejo de que todos estejam com Ele e o Pai, e que os tormentos sejam transformados em paraíso, pela fé confiante e o arrependimento e reconhecimento das suas misérias e erros para alcançar o perdão.
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46b). E não haveria de ser diferente. Confiou-se ao Pai à todo momento. O Pai não lhe abandonou. Entregando-se totalmente, no último suspiro pela humanidade, continua confiando no Pai que o recebe em seu coração, e recebe à todos que à Ele atrai.
E é com esse espírito de oração, confiança e entrega que os freis franciscanos a mais de 800 anos, naquele chão sagrado pelo sangue de nosso Salvador, elevam ao Pai, a oração do povo do mundo todo. Olham e confiam naquele que elevou ao Pai a oração por toda a humanidade. Oração que nos fortalece no corpo e na alma, nesse tempo de crise e de pandemia que o mundo todo enfrenta, e de modo especial, neste momento, nosso país.
Esta oração feita pelos Freis Franciscanos dentro do Santo Sepulcro, na Basílica da Ressurreição, acolhendo a oração dos fiéis e elevando ao Senhor, é intensa. Das 23h 30min às 01h30min se reza o Ofício das Leituras e as Laudes. Às 06h05min os freis estão novamente no coro rezando a Hora Média. Às 15:h40min, as Vésperas. Às 16hs ocorre uma procissão cotidiana em torno aos vários altares que recordam momentos da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Toda sexta-feira, às 15hs, se faz a Via Crucis desde o Convento da Flagelação até o Santo Sepulcro, além dos atendimentos feitos na Sacristia. A Fraternidade Franciscana do Santo Sepulcro é composta por 10 frades ( 7 sacerdotes e 3 irmãos leigos) de diversas nacionalidades: Bolívia, Equador, México, EUA, Croácia, Polônia, România, Síria, 2 do Congo. Fotos: Bonus Arquivo Pessoal Frei Salvador Flores
Deus seja louvado pela Missão Franciscana na Terra Santa. Tenha certeza de que na oração dos frades que ali se encontram, está presente a tua oração. Paz e bem.
Ajude a Terra Santa e a missão dos Franciscanos na pátria terrena de Jesus.
WhatsApp: (51) 99306-8171
Frei Paulo André Maia – Comissário da Terra Santa no RS
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